O Telefone Preto

Sinopse

Finney de 13 anos é sequestrado por um assassino mascarado e mantido em um porão, quando ele acha que não tem mais opções, ele começa a ouvir as vozes das ultimas vitimas do sequestrador por um telefone preto.

Crítica

A palavra que pode definir esse filme é Inovador. Ele não segue as regras básicas de um filme de terror e não vira um mais do mesmo, o que é muito fácil de acontecer em filmes desse gênero, porém ainda assim teu seus erros.

O inicio do filme é simplesmente muito cativante. Ele introduz as vitimas anteriores do sequestrador te deixando com nervoso a toda cena que o protagonista fica meramente vulnerável. Também faz você se identificar muito com os personagens, para ao longo do filme você levar sua empatia a eles.

Porém já no meio da obra o roteiro abandona o realismo e parte tudo para o sobrenatural, deixando de lado também o desenvolvimento de certos personagens, te deixando na dúvida se eles realmente são importantes para a trama.

O longa também deixa o personagem do sequestrador muito misterioso, o que falha um pouco, pois o espectador fica o filme inteiro achando que vai receber alguma coisa sobre a historia dele, mas essa expectativa cai e te deixa querendo mais.

Mesmo assim o filme consegue dar alguns momentos entupidos de suspense e muitas cenas maravilhosas. Uma salva de palmas para Scott Derrickson que dirigiu a "cena do cadeado" com uma incrível perfeição. Mas não só essa cena, a direção da ao filme o toque que precisa, te deixando profundamente junto ao protagonista e ao ambiente dado pelo roteiro. A fotografia, principalmente no inicio te leva para dentro da cidade aonde os sequestros acontecem.

A atuação de Ethan Hawke é surpreendente, dando pura vida ao maníaco e misterioso sequestrador. Mason Thames (Finney) cria um personagem incrivelmente bom e faz você levar toda sua empatia para ele. Já Madeleine McGraw que interpreta a irmã de Finney arrasa em suas cenas.

O filme é ótimo em vários aspectos e merece sim um público grande. Pois ele te satisfaz com um terror, inovador, assustador, surpreendente, com um protagonista finalmente INTELIGENTE e com aquele gostinho de Stephen King, o que faz sentido, pois o livro em que o filme foi inspirado foi escrito por Joe Hill, filho do Stephão Rei.

O longa é bom pra suprir aquele vontade de ver um filme de terror. Pois te proporciona uma história simples, mas bem desenvolvida ao longo da experiência e abocanha o principal objetivo: te dar um puro de um cagaço em certas cenas.